Jornalista destaca diferenças da SAF do Botafogo para as demais do Brasil
Pedro Ivo Almeida participou do Charla Podcast e falou do Glorioso
O Botafogo é um dos grandes clubes brasileiros que virou SAF entre os anos de 2021, 2022 e 2023. E o sucesso do trabalho e reformulação do elenco, departamento de Futebol, entre outros fatores, é visto este ano em campo. O Glorioso é líder do Campeonato Brasileiro com 55 pontos em 26 rodadas. E o jornalista da ESPN, Pedro Ivo Almeida, elogiou o clube alvinegro.
“Se a bola entra, eles são picas. Se não entra, (dizem que) é porque não são Botafogo. Se você bater papo com rapaziada do Cruzeiro, são profissionais. Idem no Bahia, idem no Vasco, pegando exemplo de SAFs. O que acho que diferencia no Botafogo é que tem um rosto, um dono, um cara que gostou da brincadeira. Isso vai muito além de SAF e profissionalismo. Futebol não é ciência exata. Acredito em determinados modelos de SAF. Deixou a coisa chegar no fundo do poço, você fica refém, mas o que acontece é, quem é o rosto da 777? Quem fica indignado se a bola não entrar? Se a bola não entrar no Cruzeiro, você sabe quem vai cobrar (Ronaldo). Você tem situações que são humanas. Você acha que Textor debruçado no dinheiro que tem quando entra no Nilton Santos, balança a bandeira, gritam o nome dele, não mexe com ele? Não acha que quer fazer aquilo dar certo? Que na hora de assinar cheque pode esticar um pouco mais? Não acha que tem algo que vai além da matemática e da planilha”, disse Pedro Ivo Almeida.
O fato do Botafogo ter um líder e pessoa que se faz presente em todos os momentos é motivo de aplausos até entre torcedores rivais. Vale destacar que no Vasco da Gama e Bahia, as SAFs dos clubes não tem um líder em particular. Pedro finaliza falando da relação de John Textor e importância ao Botafogo.
“Além do profissionalismo, isso diferencia. Ele mexe com times pelo mundo, o dele na Inglaterra não vai bater campeão da Premier League. O time dele no Brasil com projeto muito recente vai bater campeão brasileiro, por “N” motivos. Aquilo ali mexe, a autonomia que vai dar ao Thairo (Arruda, CEO), o que vai liberar para o diretor de futebol (André Mazzuco) fazer. Esse envolvimento também ajuda a explicar. Sou radicalmente contra achar que futebol é computador, planilha, ciência exata. Futebol precisa ter algo além. Você precisa entender porque dá certo além da planilha, do salário em dia, do profissionalismo do Thairo, da gestão comercial do Nilton Santos, da busca por gramado melhor. Se o dono não estiver olhando o boi engordando de perto, como o boi cresce aos olhos do dono, vai ficar largado. A demora para aprovação de uma carta de crédito vai demorar sete dias”, finalizou Pedro Ivo Almeida ao Charla Podcast
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