Lúcio Flávio abre o jogo sobre demissão e aponta culpado por resultado do Botafogo no Brasileirão
Comandante deixou o Glorioso após resultados ruins e pressão nas redes sociais
O ex-técnico do Botafogo, Lúcio Flávio, abriu o jogo sobre sua demissão do clube no meio do Brasileirão.
O clube carioca, que liderou o Campeonato Brasileiro por 31 rodadas, terminou a competição na quinta colocação e garantiu vaga para a Pré-Libertadores.
Numa live, ele explicou para o jornalista PVC, a sensação que ficou após sair de forma abrupta, já que John Textor, que até então apoiava a ideia de mudança de gestão, parece ter adotado uma postura de basear a decisão na opinião pública, já que a torcida pedia pela troca.
PVC chegou a comparar Textor com Eurico Miranda. Lúcio Flávio explicou que ficou sabendo através das redes sociais (numa resposta que Textor deu ao próprio PVC) que voltaria a ser auxiliar, o que não aconteceu.
“Eu era um funcionário e mesmo nao fazendo parte do elenco principal, com a saída do Luis Castro – que era algo que o clube não imaginava – fui solicitado para cobrir. Eu era treinador do sub-23, não estava lá diariamente, e não tinha conhecimento do que era feito. Entrei junto com Claudio Caçapa e dei sequência”, explicou.
Segundo ele, as redes sociais sim, exerceram um papel barulhento, que culminaram em sua demissão, quando nenhum outro funcionário foi tão responsabilizado pelo desempenho do time.
Isso já havia acontecido com o Botafogo antes, de ter (muita interferência de) rede social e que o próprio John Textor foi firme na época. Eu era auxiliar, virei treinador interino, tentamos fazer a equipe continuar brigando, e nessa situação o único demitido fui eu. As SAFs vieram, mas precisamos mudar muito nossos comportamentos e pensamentos em relação ao futebol brasileiro”.
Fator emocional foi crucial para time não levar o título
Lúcio Flávio também comentou sobre a reta final do Brasileirão, quando o Botafogo deixou de vencer partidas por sofrer gols nos minutos finais. O mais emblemático ocorreu diante do Coritiba, quando marcou aos 49 minutos e acabou tomando o gol aos 53.
Segundo o ex-técnico, o fator mental foi o que mais pesou, e responsável por fazer com que os jogadores não conseguissem lidar bem com situações adversas.
“Acredito que sim (foi um fator mental). Aquele tipo de situação aconteceu pela primeira vez no jogo contra o Palmeiras. No primeiro tempo fizemos uma margem e depois tomamos uma virada. E depois em outros jogos, passamos por esse processo, muito devido psicológico e emocional.”
Essa não foi a primeira vez que Lúcio fez este alerta, e que fica de lição para as próximas temporadas.
[…]Esses momentos eram gatilhos em que a equipe teve dificuldades para superar, e deixou muitos pontos nesses jogos finais”.
Agora o Botafogo busca a reformulação no elenco e deixar 2023 no passado.
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